sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Queremos segurança para nossa aldeia


Aconteceu hoje uma passeata pela principal avenida de Dourados, onde indígenas se Manifestarão contra a violência reivindicando a segurança para a Reserva Indígena de Dourados. Essa manifestação que foi uma organização de profissionais da educação da aldeia, algumas lideranças e da saúde.

A manifestação que iniciou por volta das 08 horas, onde tiveram em frente a FUNAI de Dourados, pedindo uma satisfação da administradora da FUNAI Margarida Nicollet, em relação a segurança.

Os diretores, professores, e muitos outros mostraram sua indignação, pois ainda ontem mais uma alunos veio a óbito, vitima da violência, muitos deles disseram que a FUNAI está brincando com os indígenas colocando apenas três pessoas para fazer a segurança da aldeia, onde há aproximadamente 15 mil índios.


Umas das frases que marcou a passeata, foi quando o indígena que estava fantasiado de morte pegou a palavra e disse, simulando como se fosse a morte dizendo: “Eu sou a morte, adoro ficar na aldeia, ninguém faz nada para me tirar, .... e ai Margarida cadê o nosso trato....” Foi uma das frase marcantes, outra frase que se repetia a toda hora era “FUNAI cadê você, e a nossa segurança???”


A FUNAI diante dos indígenas disse que hoje vai mandar o policiamento para a aldeia.

Jaqueline Gonçalves - AJI

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Eleições,para um novo lider da comunidade apartir de 2010 na Aldeia Jaguapiru,Dourados MS.

Na aldeia Jaguapiru a 5 km da cidade de Dourados MS, já iniciou a campanha eleitoral para escolha dos novos líderes que irão representar a comunidade. Ocorreram inúmeras reuniões no interior da comunidade para organizar e dar legalidade a campanha eleitoral democrática. Aos líderes será depositado uma representatividade através dos votos dos membros da comunidade.

Juridicamente a Convenção 169 da OIT assegura a organização e autodeterminação dos povos Indígena. Essa Convenção Internacional assegura o Direito à organização e ao próprio desenvolvimento da comunidade. Serviu de base para que fosse organizada e montada uma Comissão Eleitoral formada por representante envolvendo cada seguimento da aldeia sendo eles:

Saúde, Educação, Associações, representante da cultura, lideranças, Jovens Indígenas, representante das mulheres Indígenas, caciques, representantes de esporte, representante das Igrejas e trabalhadores Rurais. Estes representantes de diferentes segmentos foram escolhidos pela comunidade. Formou-se uma Comissão democrática e os componentes da Comissão têm a função de ajudar a organizar a campanha eleitoral com o tema: ”lembre-se, Instituir liderança Indígena é prerrogativa exclusiva da Comunidade Indígena. Não abra mão desse direito! Nesta eleição você pode votar e escolher seu líder dentre as cinco chapas que concorrem“

As chapas que concorrem estão representadas abaixo por uma cor e nome de um líder.

-chapa de cor Branca candidato Vilmar Martins

-Chapa de cor Amarela candidato Cata Lino Aquino.

-Chapa de cor Azul candidato Renato de Souza

-Chapa de cor verde candidato Laucidio R.Flores

-Chapa de cor Vermelha candidato Diomar Peixoto

Uma das regras definidas pela Comissão Eleitoral diz: Somente poderão votar, Pessoas membro da comunidade maiores de 16 anos e moradores na aldeia Jaguapiru.

A eleição será no dia 20 de Dezembro de 2009 na Escola Ramão Martins das 8:00 ás 17:00 horas.

Denis Silva Figueiredo (presidente)

Silvio Ortiz (Vice-presidente)

Comissão eleitoral

Secretario organizador:Kened Souza


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Crianças indígenas são enterradas vivas



Esse vídeo é chocante....
deem uma olhada por favor.


http://ligademedlegal.blogspot.com/2009/10/criancas-indigenas-sao-enterradas-vivas.html

Tradição indígena de colocar alargador de orelha requer cuidados

Acessório é encontrado em vários materiais.
Aplicação pode causar inflamações, diz dermatologista.

Do G1, com informações do Via Brasil

Símbolo de status e coragem entre as tribos indígenas, o alargador de orelha é colocado ainda quando criança. Os furos vão aumentando conforme elas crescem. De diversos tipos e tamanhos, o costume milenar é moda entre os adolescentes. O alargador de orelhas pode ser feito de vários materiais.


Raul Silva Neto usa um par de alargadores do tamanho de uma moeda de R$ 0,50. Ele já pensa em tirar por causa do mercado de trabalho. “Estou procurando emprego e infelizmente as pessoas têm muito preconceito”, afirma. O par que o estudante Lucas Simon Ladir usa é um pouco maior. Ele diz que aderiu à moda por pura estética. “Eu gosto, acho que fico bem de alargador”, diz.

As razões que levam os adolescentes e os jovens de hoje a modificar o corpo são várias. O analista em comunicação Otávio Piazzi Pacheco tem 23 anos. Há quatro, colocou o alargador nas orelhas. Adotou o novo visual por achar diferente. Só tira os acessórios no trabalho e em ocasiões especiais. “Em reuniões mais sérias ou algumas situações que pode causar um impacto negativo, prefiro tirar e coloco um adesivo para tapar”, afirma.


Samuel de Lacerda trabalha na colocação de brincos e alargadores. Ele diz que a procura pelo adereço é grande. “Estão sempre querendo alguma coisa diferenciada para criar uma expressão, uma identidade”, diz.


A dermatologista Mariane Hanna afirma que é necessário tomar alguns cuidados antes de entrar nesta tribo. “A pessoa tem ter má cicatrização, queloide, riscos de infecções. Além disso, deve saber se o ambiente em que está fazendo é aprovado pela Vigilância Sanitária”, alerta a especialista.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

GOVERNO DESCONHECE AÇÕES CONTRA CRIANÇAS INDÍGENAS

SANTIAGO DO CHILE, 22 OUT (ANSA) - O subsecretário do Interior do Chile, Patricio Rosende, afirmou hoje desconhecer a informação de que crianças da etnia indígena mapuche tenham sido feridas por balas de chumbo durante confrontos entre a polícia e manifestantes na região (estado) de Araucanía, sul do país.
Para Rosende, trata-se de uma versão criada por grupos interessados no fracasso das negociações entre o governo e comunidades indígenas locais. Os conflitos na região começaram depois que os índios decidiram recuperar terras ancestrais -- atualmente em mãos privadas ou de companhias florestais.
"Há, na província de Malleco [em Araucanía], gente empenhada em provocar o fracasso dos esforços do governo e das próprias comunidades para avançar na busca de uma solução para as demandas do povo mapuche", disse Rosende.
A diretora do hospital da cidade de Victoria, situada na região em que ocorrem os conflitos, informou hoje à Rádio Cooperativa que duas crianças mapuches foram atendidas com ferimentos de bala de chumbo.
"Não temos registro formal de denúncia sobre a situação, com exceção dos casos de ontem, sobre algumas crianças que apareceram feridas. No entanto, não sabemos o contexto, as características e quem são os agressores. As comunidades indígenas dizem que foi uma ação de policiais uniformizados", afirmou a funcionária.
"Eu posso garantir que a Polícia Uniformizada não utiliza balas de chumbo nas operações. Ninguém fez denúncias sobre os responsáveis por isso", argumentou, por sua vez, o subsecretário, para quem "os conflitos têm que ser resolvidos entre adultos e por meio do diálogo".
"Envolver menores de idade nas ações é extremamente irresponsável", declarou Rosende. Segundo ele, "a cada comprovação de que algum policial tenha agido de forma irregular, ele é afastado, mas para isso é preciso haver registro de antecedentes e denúncias correspondentes justificadas".
Assim, Rosende se referiu indiretamente ao afastamento, nesta semana, de um policial que chutou um mapuche preso por outros dois agentes, após a imagem ter sido exibida por uma rede de televisão.
Os mapuches são a principal etnia indígena do Chile. Uma pesquisa do Centro de Estudos Públicos (CEP) divulgada no início de outubro mostrou que de cada quatro índios de Araucanía, um vive na pobreza. Segundo o relatório, 250 mil indígenas habitam a região, sendo 12% deles analfabetos. (ANSA)

Cerca de 90 índios paticipam de audiência no TRF


Cerca de 90 indígenas lotaram dois ônibus para ir a São Paulo

Os indígenas que desocuparam as propriedades da região de Sidrolândia após acordo com a Famasul (Federação Ada Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) já marcaram audiência com a presidente do TRF (Tribunal Regional Federal da Região, em São Paulo, Marli Ferreira.

O administrador da Funai em Campo Grande, Joãozinho da Silva e o técnico do órgão, Jorge das Neves, que já estão em São Paulo, afirmaram que eles devem iniciar a reunião após a chegada dos dois ônibus que transportam os 90 indígenas. “Estamos apenas esperando os outros índios chegarem para começarmos a reunião”, disse Jorge.

Eles vão pedir à representante do tribunal mais celeridade no processo que colocaria um fim na briga pela posse das terras na região entre Dois Irmãos do Buriti e Sidrolândia, cerca de 60 quilômetros de Campo Grande. Os índios alegam que a posse foi habitada por seus antepassados.


Questionado pelo Capital News quanto à presença dos representantes da Famasul, o técnico da Funai disse: “Não sei deles. Estou fazendo a parte do meu povo. Nós já marcamos a reunião com os índios e daqui a pouco o ônibus está chegando.”

Os indígenas ocupavam três propriedades rurais até na manhã da última terça-feira. Eles decidiram desocuparem as terras após fecharem parceria com a Federação que durou quase 8h.

Por Reginaldo Rizzo - (www.capitalnews.com.br)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Caiapós preparam novo protesto contra barragens no Xingu

Povo é conhecido por sua oposição às hidrelétricas na região.
Usina de 11 mil MW no Xingu será leiloada em dezembro.
Iberê Thenório Do Globo Amazônia, em São Paulo
Índios caiapó de pelo menos quatro reservas estão se dirigindo para o norte de Mato Grosso para protestar contra a construção da usina de Belo Monte, planejada para ser erguida no Rio Xingu, no Pará.

Segundo o líder indígena Megaron Txucarramae, que também administra o posto da Funai em Colíder (MT), pelo menos 150 pessoas estarão reunidas a partir do dia 28 no cruzamento entre a rodovia MT 322 e o Xingu, na aldeia Piaraçu, na terra indígena Kapot/Jarinã. Os indígenas pretendem exigir a presença de representantes do Ibama, Funai e Ministério de Minas e Energia. “Se até o governo não atender a gente até o dia quatro, vamos paralisar a balsa, e ninguém vai atravessar”, diz Txucarramae. Segundo o líder indígena, os caiapós estão especialmente aborrecidos com as declarações do ministro Edison Lobão. O chefe da pasta de Minas e Energia disse, no final de setembro, que via "forças demoníacas" impedindo a realização de usinas hidrelétricas de grande porte no país.

“Essa palavra é muito feia. Foi uma ofensa para nós e para quem defende a natureza”, comenta o líder indígena.
História de guerra
Os caiapós – que somam cerca de 6 mil pessoas, espalhadas entre o Pará e o Maranhão – são conhecidos por sua forte oposição a construção de barragens. Em maio de 2008, durante uma reunião sobre a construção de Belo Monte, eles feriram com um facão o engenheiro da Eletrobrás Paulo Fernando Rezende.

O episódio foi muito parecido com uma reunião de 1989 – quando já se discutia a construção de Belo Monte –, em que a índia caiapó Tuíra encostou um facão no rosto do então diretor da Eletronorte, José Antonio Muniz Lopes, hoje presidente da Eletrobrás.PAC
Os primeiros estudos para a construção de uma hidrelétrica no Rio Xingu são de 1980. Na última concepção do projeto, foi planejada uma barragem e canais que desviam parte leito do rio e levam a água para uma casa de força. Por conta disso, um pedaço do curso d’água de cerca de 100 km ficará mais seco.Para gerar energia será represada a maior parte do Rio Xingu em um trecho conhecido como Volta Grande, no Pará. Canais levarão a água até uma casa de máquinas, enquanto uma porção do rio ficará com o fluxo de água reduzido. (Foto: EIA-Rima/Montagem Globo Amazônia)
A obra prevê a capacidade de geração de 4.719 MW no período seco e 11.181 MW com a usina operando em plena capacidade. Para se ter uma ideia, a usina de Itaipu – a maior do Brasil – tem capacidade para gerar 14 mil MW. Os reservatórios, incluindo os canais, ocuparão uma área de 516 km², o equivalente a um terço do município de São Paulo.

O projeto, cujo leilão está previsto para dezembro, é o maior empreendimento de produção de energia elétrica do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e tem sofrido críticas de ambientalistas. Na última terça-feira (13), um grupo de 40 cientistas publicou um documento questionando a viabilidade da obra.
O Globo Amazônia entrou em contato com o Ministério de Minas e Energia para que a pasta se posicionasse sobre a necessidade da construção da hidrelétrica, mas não obteve retorno até o fechamento da reportagem.

Se você vive ou viajou para a Amazônia e tem denúncias ou ideias para melhorar a proteção da floresta, entre em contato com o Globo Amazônia pelo e-mail globoamazonia@globo.com . Não se esqueça de colocar seu nome, e-mail, telefone e, se possível fotos ou vídeos.

Siga o Globo Amazônia no Twitter

Interferiram no poder diciplinar da comunidade.

No tempo passado sempre teve um grande chefe
que cuidava das famílias Indígenas,hoje em nossa tempo moderno como na aldeia Jaguapiru onde nós moramos,quem acabou com isto foi o próprio Estado junto a um antropólogo dizendo que


"vocês são assim" não deveria ter feito isto,fizeram a comunidade chegar a um grande índice de violência e perder sua referencia,assim quem sofre mais são os Jovens,teria que apenas afastar as pessoas que estavam cometendo erro não criar mais chefes e interferir nós sistema de poder da comunidade.


Foi imposto por um antropologia uma coisa que nunca existiu em nossa comunidade 60 chefe (lideres)que foi montado nas aldeias Jaguapiru Bororo,talvez pensavam que daria certo mas que foi um desastre e hoje as comunidade sofre grande conseguencia.

Estes são um dos grandes fatores que também contribuíram para hoje os liderança perder o controle e o povo perder a confiança nós liderança as pessoas da comunidade não sabem onde correr para pedir ajuda.

Quando alguns dos Indígena procura uns dos 60 liderança não tem solução,coisa que a comunidade não gosta e acabam resolvendo o problema com suas próprias mão como ex: em situação crime fazendo vingança.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Quase 100 indígenas participam de oficina promovida pela Funasa

Mais de 80 índios da etnia Nambikwara, que habitam as aldeias Central, Cabeceira e Trevo A e B, no município de Comodoro (MT) participam de “Oficina Integrada de Autosustentabilidade” que está sendo realizada pela Coordenação Regional da Funasa de Rondônia (Core-RO).

A equipe de 16 profissionais de diversas áreas está realizando entre outras atividades, avaliação nutricional, atendimentos odontológicos de enfermagem, mutirão de limpeza distribuição e orientação de filtros de cerâmica, visitas domiciliares, produção de sabão, ações de higiene pessoal e domiciliar e endemias.

De acordo com Assessoria de Comunicação e Educação em Saúde (Ascom), responsável pela coordenação do trabalho, o objetivo de melhorar a qualidade de vida e combater a desnutrição na etnia Nambikwara, que tem apresentado elevado índice de desnutrição.

A oficina está sendo boa, pois, desta forma é possível fazer a aplicação do flúor nas crianças e receber orientações sobre como escovar os dentes e combater as caries, além de poder realizar tarefas importantes para a limpeza da aldeia”, afirmou o cacique Ava Nambikuara.

O professor indígena Guilherme Nambikuara, acha interessante o trabalho e espera que no decorrer do ano, os indígenas que estão com peso abaixo possam está recuperado. “Reconheço que precisamos voltar a cultivar as culturas tradicionais, como macaxeira e abobora”, ressaltou o educador. Para o presidente do Conselho Indígena de Vilhena, “as parcerias são boas e as comunidades têm participado de todas as atividades com entusiasmo”.

A equipe responsável pela oficina é composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem, odontológos e agentes indígenas de saúde e saneamento, controle social e endemias. O está executado em parceria com Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Vilhena, Secretaria de Educação Comodoro (MT) e da Fundação Nacional do índio (Funai).


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Cultura indígena e afro-brasileira serão obrigatórios no ensino do país

A identidade brasileira é caracterizada pela miscigenação cultural entre povos específicos, chamados de minorias. Em função disso, a partir de 2010, as escolas brasileiras públicas e particulares, dos ensinos fundamental e médio, deverão incluir no conteúdo programático aspectos culturais e históricos indígenas e afro-brasileiros. A obrigatoriedade é amparada pela Lei 11.645/2008 (alteração da Lei 9394/96), que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e determina a inclusão da temática História e cultura afro-brasileira e indígena no currículo oficial da rede de ensino.

A inclusão dos asp
ectos histórico-culturais dessas minorias visa o resgate das contribuições sociais que estes dois grupos deram à história do país. Hoje, há desconhecimento e uma visão distorcida do que esses povos representaram no passado. Entretanto, é necessário mostrar também a sua cultura, a sua importância atual, defende Marcelo Manzati, coordenador de Fomento à Identidade e Diversidade Cultural, da Secretaria de Identidade e da Diversidade (SID), do Ministério da Cultura. “É um trabalho difícil e lento. A médio e longo prazo, a diversidade cultural será mais valorizada na sociedade brasileira e essas minorias serão mais respeitadas”, afirma.

A obrigatoriedade das temáticas no currículo escolar preocupa o meio acadêmico. Não existe formação cultural e o conhecimento dos professores
é limitado em relação ao assunto. Na avaliação de Marcelo Afonso, professor de história do Centro Educacional Leonardo da Vinci, falta de material didático e a ausência de um respaldo específico sobre as questões indígenas dificultam o trabalho com os alunos dentro de sala. “Os livros estão desatualizados e o material para pesquisa não está consolidado”, observa.

A emissão de livros temáticos é insuficiente para a capacitação de educadores, conforme lembra Marcio Gomes, professor de antropologia da Universidade Federal Fluminense. “É fundamental que se crie grupos de trabalho com antropólogos e lideranças indígenas para a produção de material e roteiro qualificados, não apenas apostilas.”

Para os estudantes, o conhecimento sobre as culturas indígena
e afro-brasileira contribui para o entendimento sobre a formação histórica do país. Eles destacam que o ensino escolar sobre esses dois povos é superficial e a maior parte das informações vem da televisão.

“Conheço algumas tradições e rituais simbólicos. Sei que eles sobrevivem, praticamente, da natureza”, diz Lourrane Xavier,15 anos, aluna do Centro de Ensino Médio Setor Oeste (CEMSO). A adolescente aprova o novo currículo. “O nosso conhecimento sobre a história será enriquecido e o preconceito diminuirá, teremos mais acesso a outras culturas”, acredita.

Interação com diferentes áreas

De acordo com a lei, os conteúdos serão ministrados em diferentes áreas do currículo escolar, especialmente nas disciplinas de literat
ura, história brasileira e educação artística. Os estudantes serão avaliados por meio da interdisciplinaridade, como ocorre hoje nos processos seletivos do Enem, PAS, vestibulares, além das avaliações educacionais.

Paulo Lemos, professor de história do CEMSO, concorda com a mudança. “É positivo sair da visão eurocêntrica sobre a formação histórica brasileira. Essas duas etnias foram fundamentais para a construção social do nosso país”, opina.

Nascido aldeia Fulni-Ô, em Pernambuco, o indígena Clecildo Santos enfatiza que a implementação da temática na educação brasileira é apenas uma medida, dentre as várias necessárias, para o processo de inclusão das minorias no país. Ele critica o conhecimento que a sociedade tem sobre a cultura indígena. “Somos mais de 200 povos e 180 línguas. As pessoas têm uma visão deturpada e restrita sobre a nossa cultura”, diz, ao defender que outras políticas públicas de conscientização complementares são essenciais para que o país conheça esse aspecto importante na formação da nação brasileira.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

As descaracterização dos povos indígenas


Uma temática bastante atual que vem sendo crescente dentro da Antropologia ou da própria Etnologia Indígena é sobre: A descaracterização indígena.
A população indígena em si tem as suas próprias peculiaridades nativas, características que vem passando de geração a geração, mas algo de muito grave está ocorrendo desde o século passado, a demanda de igrejas católicas e protestantes nas aldeias vem crescendo de forma avassaladora. E a pergunta que nós fazemos é: até quando os índios irão viver numa coesão social, inibidos muitas vezes de viver suas vidas de modo natural como seus costumes lhes é propício?
De fato o crescimento dessas igrejas é um número bem significativo, mas
não é só por conta desse agente que os índios estão perdendo a sua caracterização há também outros agentes, mas nesse breve artigo, vamos focar na questão do crescimento de igrejas nos aldeamentos indígenas.
Quando lemos nos livros de história, a história do "Descobrimento do Brasil", vemos qua já no século XV e XVI os povos nativos sofreram grandes pressões impostas pela coroa portuguesa (Carta a El Rei D. Manuel, Dominus : São Paulo, 1963), a Carta de Pero Vaz de Caminha, explicita com propriedade essa afirmativa, assim como o relato dos cronistas (navegadores, missionários, diplomatas, etc) mesmo que alguns relatos sejam romantizados conhecemos bem a nossa história!
Falando especificamente das comunidades indígenas de Alagoas, vemos que essa problemática da descaracterização indígena vem sendo crescente no âmbito de nossas pesquisas. O índice de igrejas protestantes, neopentencostais em sua maioria, tem trazido alguns transtornos dentro das aldeias. Muitos índios sentem-se atraídos pela
s oratórias dos representantes evangélicos, principalmente através do discusso da TEORIA DA PROSPERIDADE, até mesmo porque a maioria das aldeias localizadas em Alagoas sofre por conta de seu modo de subsistência que em sua maioria é caótico, dependendo primordialmente da agricultura, caça e pesca.
A FUNAI (Fundação Nacional do Índio) - é um órgão responsável pela promoção de educação básica dos índios e por estimular o desenvolvimento de estudos sobre os grupos indígenas. A fundação tem ainda a responsabilidade de defender as comunidades indígenas e de despertar o interesse da sociedade nacional à cerca de suas causas e tais incubências vem desde a constituição de 1988. De todo modo nem sempre essas incubências são realizadas pela FUNAI. Nos aldeamentos em Alagoas podemos visualizar algumas problemáticas, tais como: ações predatórias de garimpeiros, posseiros, madeireiros etc. E por que não falar sobre a penetração, em sua maioria irregular, das igrejas protestantes e católicas?
O crescimento de tais igrejas tem trazido pontos negativos, sobretudo não
podemos negar alguns feitos positivos, trabalhos beneficentes fazendo com que supra as necessidades básicas das comunidades. Por outro lado, quando entramos em contato com os índios podemos constatar que por trás dos trabalhos beneficentes há um interesse maior que por vezes se resume na conversão dos índios ao cristianismo (falando de uma forma mais abrangente).
Segundo dados atuais da FUNAI, os índios sobrevivem do ponto de vista das tradições culturais, os quais demonstram que a população indígena vem aumentando rapidamente nas últimas décadas. Hoje, as 215 diferentes sociedades somam cerca de 358 mil pessoas. Os índios vivem nos mais diversos pontos do território brasileiro e representam, em termos demográficos, um pequeno percentual da população de 150 milhões de habitantes do Brasil. Todavia são um exemplo concreto e significativo da grande diversidade cultural existente no País.
E a pergunta que fazemos é: até que ponto essa diversidade cultural irá subsistir a tantos bombardeios sociais?
É de extrema importância a preservação da cultura das comunidades indígenas e o seu reconhecimento como tal, não apenas no papel, mas no exercício prático e efetivo.

Jessica Daniele dos Santos Pereira

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Jovens da Aldeia Indigena Amambai




É muito legal poder ver que jovens estão se organizando, buscando um futuro melhor. Há dias atrás jovens da AJI estiveram na aldeia de Amambai com o grupo de jovens Jajapo Nande Rekorã, é emocionante ver que esses jovens estão lutando por uma vida boa, usando as suas forças, suas inteligencias e se unindo para discutir, produzir e aprender.
Isso é muito legal para nós da AJI enquanto uma organização de jovens indígenas, é uma noticia muito legal saber que hoje os jovens estão interessados e estão indo em frente buscando o melhor para si e para a sua comunidade.
Sabemos que há dificuldades, não é fácil levantar um grupo de jovens, é como se estivesse dando a cara a tapa, quantas dificuldades os jovens da AJI enfrentaram, mas não desistiram, hoje realizam oficina na aldeia, produzem filme, livro de fotografia, temos o nosso meio de comunicação.
Lógico que isso no inicio não é bem aceito pela comunidade, pois antes não existia jovens, era da infância pra adulto, hoje isso mudou, o mundo mudou, tudo mudou hoje acredito que todos estão prontos para enfrentar essa nova realidade.
Eu parabenizo os jovens de Amambai por estar iniciando este lindo trabalho, apesar das dificuldades estão muito animados e unidos, eles que tiveram um dia de beleza e todos estão de visual novo. Parabéns a todos, e vamos a luta.
Veja algumas fotos do dia de beleza que esses jovens tiveram.
Jaqueline Gonçalves
integrante da AJI

Índios pedem asilo em embaixada em Honduras por perseguição

Indígenas alegam que governo de facto já os prendeu pelo apoio apoiar a Zelaya e pediram ajuda à Guatemala

TEGUCIGALPA - Doze pessoas pertencentes à etnia lenca, que vive no oeste de Honduras, pediram nesta terça-feira, 6, asilo político na Embaixada da Guatemala em Tegucigalpa, denunciando perseguição" do governo de facto hondurenho.

"O regime de fato nos persegue, reprime e mata", afirma um dos cartazes dos indígenas, que se encontram no recinto diplomático guatemalteco, aonde entraram às 9h (12h de Brasília).

María Cruz, uma das coordenadoras do grupo indígena, disse que os que pediram asilo político estiveram participando das manifestações da resistência que vêm sendo realizadas desde que o presidente Manuel Zelaya foi derrubado, em 28 de junho.

Alguns deles foram detidos temporariamente e os corpos de segurança lhes advertiram que, se voltassem a ser capturados, seriam mortos. "Solicitamos asilo político ao povo e ao governo da Guatemala pela perseguição deste regime ditatorial", afirma outro cartaz, do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras.

Alguns dos indígenas são residentes dos departamentos de Santa Bárbara, Lempira e Intibucá, estes dois últimos fronteiriços com El Salvador.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

FIM DE SEMANA VIOLENTO

Mais um assassinato com característica de latrocínio (Roubo seguido de Morte) aconteceu na tarde de sexta-feira, dentro da reserva indígena de Dourados que é composta pelas aldeias Jaguapiru e Bororó.

Roberto Peixoto de 39 Anos saiu de sua residência na aldeia Bororó por volta das 16h30, em uma bicicleta, para fazer compras, poucos minutos depois foi encontrado morto, Roberto foi atingido com dois golpes de arma branca, provavelmente faca uma no queixo e outra no pescoço.

Segundo a esposa da vitima Maria Freitas Amarilha 43 anos, a bicicleta não foi localizada, o que dá a possibilidade do mesmo ter sido morto para ser roubado.

Com mais essa morte aumento o índice de violência da comunidade indígena , as lideranças indígenas querem mais ação por parte da Funai (Fundação Nacional do Índio) e das autoridades competentes



quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Jovens amanbai

Jovens de Amnabai "Jajapo Nande Rekorã" estão iniciando um grupo de jovens, já deram o primeiro passo que é a sede de lutar, aprender. Hoje realizam oficinas de bijuterias na aldeia de Amanbai,
vejam os artesanatos:
Se você quiser conhecer e ajuda este grupo entre em contato:
Crescência:(67)9253-3689
Katiana:(67)9609-8918
Sueli:(67)9651-1952

Feira do Livro Indígena inicia na próxima terça-feira


O maior evento literário do Estado já está com quase tudo pronto para começar. A Feira do Livro Indígena de Mato Grosso (FLIMT) abrirá as portas para o público na terça-feira 6 de outubro a partir das 8h30.

A Feira será aberta com uma cerimônia espiritual indígena, acompanhada por danças, lançamento da Declaração das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas e o lançamento do Programa Cinemais Cultural.

No período noturno será a abertura oficial com a apresentação da Orquestra do Estado de Mato Grosso e apresentação de dança indígena. Durante a abertura também será lançada a Academia dos Saberes Indígenas, uma espécie de academia de letras, que valoriza o conhecimento tradicional não só escrito mas também oral.

Até o sábado 10 de outubro, a Feira proporcionará aos visitantes a oportunidade de entrar em contato com as diferentes etnias indígenas existentes no país, através de atividades como contação de histórias, pintura corporal e lançamento de obras.

As editoras e livrarias marcarão presença durante a Feira comercializando obras literárias sendo algumas com preço promocional. Palestras e oficinas enriquecerão a proposta da Feira que é levar o universo indígena e literário ao grande público. Todas as atividades serão gratuitas.

Os autores regionais terão durante a programação um momento para debater os caminhos da literatura regional e aqueles que publicaram obras de forma independente, também terão espaço, num estande destinado a eles.

A feira começa no dia 6 e segue até de 10 de outubro na Praça da República e no estacionamento do Palácio da Instrução em Cuiabá. As escolas interessadas podem participar da Feira, levando seus alunos para participarem das atividades.